quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Para economistas, PAC acelera degradação ambiental

Para Reinaldo Gonçalves, professor titular de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado há um ano pelo governo federal para impulsionar a economia, é algo próximo de um completo desastre. Além de acentuar a dependência externa do Brasil, o PAC representa um arrocho ainda maior em nossos recursos naturais.


Intitulado "PAC: Desaceleração do crescimento e vulnerabilidade externa", o texto de seis páginas apresentado por Gonçalves na Comissão de Política Econômica do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro, no dia 22 de janeiro, insiste em comparar o Brasil ao resto do mundo e é taxativo ao afirmar que o país "continua andando para trás".


A análise do professor considera que parte expressiva dos projetos de infra-estrutura está associada às atividades de exportação de produtos primários, o que agrava o padrão de especialização do comércio exterior, aumenta a vulnerabilidade externa estrutural e reduz o potencial de crescimento no longo prazo do país. Se é ruim para a economia, é ainda pior para o Cerrado. Isso porque um dos produtos primários a que se refere o Prof. Gonçalves é a soja, que há décadas causa impactos profundos e negativos ao meio ambiente, especialmente o Cerrado, onde predomina.


Ao acusar pequenos avanços nas mudanças do marco regulatório, Reinaldo Gonçalves propõe a criação de
um grupo independente de acompanhamento e avaliação do PAC, que inclua representantes da sociedade civil. Para o economista, é também evidente o afrouxamento do controle dos processos de licenciamento ambiental, para realização das obras previstas no PAC.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sinto a sinceridade,mais nao tem nada do que eu queria e nada a ver com:'Degradaçaõ do cerrado".
:(
;(