O governo brasileiro quer negociar com a União Européia (UE) o reconhecimento do selo ambiental que o País vai criar para o etanol. Ontem, o bloco anunciou seu novo plano energético e de corte de emissões de CO2 até 2020, com metas para aumentar o consumo de biocombustível. Bruxelas, porém, sugere a criação de um certificado que mostre que o produto não foi resultado de devastação ambiental.
O comissário de Energia da UE, Andris Piebalgs, viajará para o Brasil entre março e abril para debater o tema com o Ministério de Minas e Energia e visitar usinas. Deputados europeus também virão, numa estratégia do governo e de usineiros para desfazer a imagem de que o etanol causa danos ambientais.
Pela proposta européia, o uso do etanol será autorizado apenas se não provocar perda de biodiversidade (inclusive do Cerrado), evitar o desmatamento e representar um corte de 35% nas emissões de CO2 em relação a outros combustíveis. Em relação a esse último critério, o etanol brasileiro está em situação confortável, mas o biocombustível de milho americano pode ser vetado.
Para atingir a meta de ter 10% dos carros movidos a etanol até 2020, a UE terá de importar um quinto do produto, principalmente do Brasil. O Itamaraty quer assegurar que a certificação nacional seja suficiente. O presidente Lula prometeu e o Inmetro já trabalha em um certificado que comprove que um produtor não desmatou florestas para produzir cana.
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