O etanol brasileiro pode não ser bem vindo na União Européia. Isso porque, para especialistas, a produção, ao contrário do que se anuncia, afeta negativamente o meio ambiente global.
Uma comissão responsável por assuntos energéticos do bloco econômico europeu está elaborando projeto de lei que proíbe os países membros de comprarem biocombustíveis que demandem exploração de recursos naturais em alta escala. No seu conjunto, o desmatamento, o uso da água e do solo e as demais técnicas aplicadas, segundo pesquisadores, pode ser mais prejudicial do que benéfico, no tocante à emissão de gases poluentes.
O texto do projeto de lei poderá ser alterado até o próximo dia 23, quando a comissão se reunirá para definir a última versão da proposta para tramitação. Até o momento, a definição de combustíveis pouco ecológicos inclui aqueles feitos com produtos vindos de áreas de florestas, áreas alagadas, como pântanos ou de áreas de campos, o que pode abranger o Cerrado - especialmente, porque é sobre esse bioma que atualmente se expandem as lavouras de cana-de-açúcar, no Brasil.
O plantio em larga escala da cana-de-açúcar, para a produção de etanol, tem acelerado o desmatamento e baseia-se no mau uso do solo e da água. Por essa razão, o analista do setor de energia da consultoria New Energy Finance, de Londres, Matt Drinkwater, em declaração ao New York Times, afirmou que barreiras como a proposta pela União Européia podem atingir diretamente o etanol brasileiro.
Enfim, a comunidade internacional parece despertar para o Cerrado e seu papel na manutenção do equilíbrio do meio ambiente global.
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