Será realizada hoje, Audiência Pública para discutir a situação de violência e discriminação sofrida pelo povo Xakriabá. A perseguição tem ocorrido, principalmente, devido à luta do povo indígena em defesa do direito ao seu território, hoje reduzido a um terço - o restante da terra continua sobre o domínio de fazendeiros.
Os Xakriabá têm sido vítimas de diversas formas de violência ao longo dos anos. O último fato registrado foi o assassinato de Avelino Nunes Macedo, no dia 16 de setembro. O índio, de 40 anos, foi abordado por quatro jovens que o espancaram até a morte. O crime ocorreu na comunidade de Virgínio, município de Miravânia, Minas Gerais - limite da área Xakriabá. Avelino integrava o grupo da aldeia Peruaçu, que luta pelo reconhecimento de suas terras na região de Dizimeiro.
Este acontecimento reflete o preconceito, a discriminação, omissão e ameaça vivenciada cotidianamente pelas populações indígenas. Ele também denuncia a desinformação da população em geral sobre a luta indígena e o direito destes povos a suas terras. O caso lembra o que aconteceu com Galdino Pataxó, queimado vivo em 1997 enquanto dormia num abrigo de ônibus em Brasília. Os assassinos, cinco estudantes de classe média alta, disseram que a intenção era apenas "dar um susto, fazer uma brincadeira".
A audiência acontecerá na aldeia Brejo do Mata Fome, a 22 km de São João das Missões, em Minas Gerais.
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