segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

PPP-ECOS apoiará 29 novos projetos comunitários no Cerrado em 2008

Em 13 anos, PPP-ECOS já investiu R$ 5,5 milhões para criar modos de vida sustentáveis no bioma considerado um dos mais ricos em biodiversidade do mundo.

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS) apoiará 29 novos projetos comunitários no Cerrado e áreas de transição no ano que vem. Os recursos destinados a grupos indígenas, comunidades tradicionais e agroextrativistas em 2008 somam US$ 810 mil.

Os beneficiários foram escolhidos entre as 205 propostas enviadas em resposta ao edital de 2007. Foram 68 candidatos a mais em relação ao edital do ano passado, que recebeu 137 projetos. Os recursos são sete vezes maiores do que a atual capacidade financeira do PPP-ECOS.

“Isso significa que o programa cumpre um importante papel socioambiental no país, preenchendo lacunas fundamentais deixadas pelo Estado”, avalia Andréa Lobo, presidente do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), organização que coordena o PPP-ECOS no Brasil.

Os recursos serão aplicados em projetos voltados à promoção de modos de vida sustentáveis que aliam desenvolvimento socioeconômico à conservação ambiental. Projetos de desenvolvimento de inovações em tecnologias sociais, organização comunitária e produtiva, valorização e afirmação cultural e étnica têm recebido apoio do programa,

Este ano, alguns dos projetos selecionados apoiarão o uso comunitário sustentável de plantas medicinais, agroextrativismo de frutos nativos voltado à industrialização, desenvolvimento de turismo comunitário em sítios arqueológicos, uso sustentável de plantas aromáticas e medicinais para a industrialização de cosméticos. Projetos de agroecologia, recuperação de nascentes e áreas degradas, e fortalecimento de organizações indígenas do Cerrado também serão beneficiados pelo PPP-ECOS em 2008.

Os projetos serão implementados no bioma Cerrado e em áreas de transição. Os projetos do edital de 2007 serão executados em Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Ceará e Rondônia. Por terem caráter comunitário, os projetos envolvem dezenas de famílias. As iniciativas ajudarão a manter as populações no campo, garantido geração de renda e segurança alimentar, a partir do uso sustentável da biodiversidade por meio do agroextrativismo.

Para selecionar os projetos, o PPP-ECOS conta com o apoio técnico e científico de 12 especialistas de instituições ligadas ao tema do desenvolvimento sustentável, povos tradicionais e políticas públicas no Cerrado. Representantes do governo brasileiro também são chamados para analisar as propostas, garantindo transparência às decisões do PPP-ECOS.

.: fonte: ISPN.

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