A transformação de ecossistemas nativos para o cultivo de matéria-prima para biocombustível supera o benefício que o uso desse combustível poderia trazer, agravando o aquecimento global. É o caso da conversão do Cerrado brasileiro para a monocultura da cana para produção de etanol, que criaria um excesso de carbono que só seria elininado da atmosfera em 37 anos, agravando o efeito estufa. Estas são algumas da conclusões do estudo patrocinado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA e realizado pela ONG The Nature Conservancy e pela Universidade de Minnesota. O estudo foi divulgado esta semana na revista Science e está disponível no site: http://www.nature.org/
O estudo aponta que as conversões de uso da terra para o plantio de milho ou cana-de-açúcar (fontes de álcool etanol), dendê ou soja (biodiesel) liberam de 17 a 240 vezes mais gás carbônico que as emissões que seriam evitadas anualmente pela substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, dizem os pesquisadores. A pesquisa considerou não apenas o carbono liberado pelo fogo no primeiro momento de limpeza do terreno, mas também a liberação lenta que ocorre com a decomposição da matéria orgânica por microorganismos.
De acordo com o estudo, gás carbônico emitido na destruição da vegetação original gera uma dívida de CO2 que precisa ser saldada antes que se possa afirmar que os biocombustíveis sejam úteis no combate ao efeito estufa. Essa posição tem sido ignorada por governantes que querem fazer valer a qualquer custo a idéia de que os combustíveis de fontes vegetais são a melhor solução do ponto de vista ambiental.
Cerrado
O estudo aponta ainda que a conversão do Cerrado em lavouras de cana para produção de etanol, criaria uma dívida que só seria paga em 17 anos; a conversão do Cerrado em soja criaria um excesso de carbono que só seria abatido da atmosfera em 37 anos.
Foram analisados os resultados da conversão das pradarias dos EUA em campos de milho, chegando a uma dívida que só estaria paga após 93 anos. O único cenário que não gerou dívida alguma foi o de conversão de terras usadas, nos EUA, para a produção de alimentos em fontes de etanol de biomassa - feito com capim.
De acordo com um dos autores do estudo, o pesquisador Joe Fargione, da Nature Conservancy, "esta pesquisa examina a conversão do solo para os biocombustíveis e pergunta se isso vale a pena. "Não", responde enfaticamente o pesquisador.
Segundo ele, qualquer produção agrícola de combustível causa algum tipo de destruição, direta ou indireta nas áreas naturais. A solução sugerida pelos cientistas é o uso de terras degradadas ou abandonadas para o cultivo de espécies nativas perenes, como variedades de capim e leguminosas para a produção de biocombustível.
Para ler a entrevista com o autor do estudo (em Inglês), acesse: http://www.nature.org/initiatives/climatechange/features/art23819.html?src=new
Fonte: ISPN.
O estudo aponta que as conversões de uso da terra para o plantio de milho ou cana-de-açúcar (fontes de álcool etanol), dendê ou soja (biodiesel) liberam de 17 a 240 vezes mais gás carbônico que as emissões que seriam evitadas anualmente pela substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, dizem os pesquisadores. A pesquisa considerou não apenas o carbono liberado pelo fogo no primeiro momento de limpeza do terreno, mas também a liberação lenta que ocorre com a decomposição da matéria orgânica por microorganismos.
De acordo com o estudo, gás carbônico emitido na destruição da vegetação original gera uma dívida de CO2 que precisa ser saldada antes que se possa afirmar que os biocombustíveis sejam úteis no combate ao efeito estufa. Essa posição tem sido ignorada por governantes que querem fazer valer a qualquer custo a idéia de que os combustíveis de fontes vegetais são a melhor solução do ponto de vista ambiental.
Cerrado
O estudo aponta ainda que a conversão do Cerrado em lavouras de cana para produção de etanol, criaria uma dívida que só seria paga em 17 anos; a conversão do Cerrado em soja criaria um excesso de carbono que só seria abatido da atmosfera em 37 anos.
Foram analisados os resultados da conversão das pradarias dos EUA em campos de milho, chegando a uma dívida que só estaria paga após 93 anos. O único cenário que não gerou dívida alguma foi o de conversão de terras usadas, nos EUA, para a produção de alimentos em fontes de etanol de biomassa - feito com capim.
De acordo com um dos autores do estudo, o pesquisador Joe Fargione, da Nature Conservancy, "esta pesquisa examina a conversão do solo para os biocombustíveis e pergunta se isso vale a pena. "Não", responde enfaticamente o pesquisador.
Segundo ele, qualquer produção agrícola de combustível causa algum tipo de destruição, direta ou indireta nas áreas naturais. A solução sugerida pelos cientistas é o uso de terras degradadas ou abandonadas para o cultivo de espécies nativas perenes, como variedades de capim e leguminosas para a produção de biocombustível.
Para ler a entrevista com o autor do estudo (em Inglês), acesse: http://www.nature.org/initiatives/climatechange/features/art23819.html?src=new
Fonte: ISPN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário