sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sociedade sul-matogrossense se mobiliza contra o desmatamento

foto: Arquivo ECOA

Amanhã (11), a partir das 9 horas, numa manifestação na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, MS, a sociedade protestará contra o desmatamento do Cerrado e do Pantanal, no estado. Vestidos de luto, os manifestantes juntos dirão “NÃO” ao desmatamento.

O protesto visa chamar a atenção da sociedade e dos governantes para a destruição da vegetação natural que ocorre velozmente no estado.

Segundo os organizadores, a manifestação não é uma iniciativa de partidos políticos ou organizações ambientalistas, mas sim de pessoas comuns, preocupadas com o quadro socioambiental do estado.

Estima-se que três mil toneladas de árvores nativas do Cerrado e do Pantanal são derrubadas diariamente no Mato Grosso Sul. Grande parte para ser transformada em carvão e alimentar quatro siderúrgicas instaladas no estado.

O que mais preocupa é que o desmatamento vem se dando com o consentimento formal das autoridades competentes. Em grande parte dos casos, os desmatamentos são autorizados, por meio de licenciamento ambiental. No período entre 2003 e 2005 na bacia hidrográfica do rio Paraguai foram autorizados 1.784 desmatamentos, totalizando mais de 329 mil hectares. Já na bacia do rio Paraná, houve 1.650 autorizações, num total de 228 mil hectares desmatados. Esses números foram apresentados por Alexandre Lima Raslan, promotor de meio ambiente do Ministério Público Estadual, durante o evento sobre “Mudanças Climáticas” realizado na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. De acordo com Raslam, mantendo esse ritmo de desmatamento, é provável que a cobertura vegetal nativa na bacia do rio Paraguai seja extinta em 45 anos, enquanto a bacia do rio Paraná já terá sido extinta antes disso.

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