Estimativas afirmam que o estado do Mato Grosso do Sul está com energia para dar e vender. A produção de álcool desta safra terá um crescimento de 34%, passando dos 900 milhões para 1,12 bilhões de litros.
O estado também já cadastrou dez usinas para participarem do leilão de energia de reserva que será realizada até o fim de abril. É a primeira vez que o governo federal investe nesta ação. O objetivo, segundo autoridades, é ter usinas térmicas como uma espécie de reserva para o setor elétrico, entrando em operação em caso de escassez de chuvas ou problemas nas outras usinas. Tendo como principal fonte o bagaço da cana-de-açúcar, essas usinas a base de biomassa devem fornecer cerca de dois mil megawatts para a indústria.
O que não entra na conta de autoridades públicas e empresários são os custos ambientais e sociais envolvidos na expansão das monoculturas de cana-de-açúcar - para muitos, uma nova ameaça disfarçada de verde. Afinal, além do desmatamento de vastas áreas nativas de Cerrado, o modelo está fortemente associado à violação de direitos dos trabalhadores do campo, incluindo indígenas, no caso particular do Mato Grosso do Sul.
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